Mãe mata e enterra filho no Mato Grosso

Menino sofreu violência sexual e foi enterrado vivo em canavial

Mato Grosso -  A delegada Liliane Diogo informou nesta quinta-feira que a mãe do menino de 2 anos, encontrado morto, confessou que matou a criança, em um canavial na zona rural do município de Tangará de Serra, no Mato Grosso. Rosana de Oliveira Golart, 18 anos, disse que matou sozinha o filho, no dia 19 de março, e isentou o companheiro, Paulo Edson da Silva, 43, que estava preso suspeito do crime e deverá ser solto ainda nesta quinta-feira.

A confissão da mãe bate com as investigações e os laudos periciais. A delegada informou ao Dia Online que o motivo do crime ainda será confirmado. "Ela disse o motivo, mas vamos apurar essas informações para confirmar se é verdade", disse Liliane, acrescentando que a mãe parece falar coisas sem sentido.

"Ela aparenta não ter coerência em muita coisa que fala, e por isso vamos pedir um laudo de insanidade mental", informou, afirmando ainda continuam investigando uma suposta participação do padrasto. "Agora não tenho elementos para acusá-lo, mas se eu achar elementos em que ele sabia ele vai responder pelo crime".

Enterrado vivo

Os dois foram presos na manhã desta quarta-feira por ordem de prisão temporária. De acordo com a delegada, a acusada contou em detalhes como cometeu o crime e levou os policiais até o local, mostrando como matou a criança, a 450 metros da casa da família, onde teria utilizado um pedaço de madeira para golpear o menino.

Depois, acreditando que a criança estava morta, depositou o corpo em outro ponto do canavial, mais de 2 quilômetros da casa. A péricia concluiu que a criança ainda estava viva quando foi deixada no local e morreu em decorrência de choque hipovolêmico, perda de sangue. Um laudo pericial também confirmou violência sexual sofrida pela criança, que segundo a mãe também teria sido praticada por ela. A Polícia Civil acredita que mulher cometeu o abuso para desviar dela o foco das investigações.

O menino apresentava lesões na região anal e também no corpo. Amostra de material encontrado no ânus da criança foi colhido e encaminhado à perícia que, inicialmente, constatou que não havia presença de espermatozoide. A amostra foi encaminhada ao Laboratório Forense, em Cuiabá, que ainda analisa o material.

Histórico de violência

A delegada informou ainda que o padrasto do menino, Paulo Edson da Silva, 43, em interrogatório, negou envolvimento no assassinato e disse que passou a desconfiar da “frieza” da mulher. "Sabíamos que tinha sido alguém da família, mas ainda não tínhamos certeza de quem. Por isso, pedimos a prisão dos dois", disse Liliane.

A mãe já tinha histórico de violência cometida contra o filho. Em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando mãe por ter arremessado o filho durante uma discussão do casal. Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.

Fonte: O Dia

Link da notícia: http://odia.ig.com.br/portal/brasil/m%C3%A3e-mata-e-enterra-filho-no-mato-grosso-1.573438