terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
‘Mato qualquer um que pegar meu namorado’, diz Vanessa Ingrid
Delegado expõe frieza de acusados de matar estudante, que teve corpo carbonizado, na Serraria
Os delegados Cícero Lima e Carlos Alberto Reis revelaram, no início da tarde desta terça-feira (19), em entrevista coletiva à imprensa, na sede da delegacia-geral da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, em Maceió, detalhes acerca da trama que resultou na morte da estudante Franciellen Rocha, encontrada morta na última sexta-feira (15), na Serraria. Segundo o delegado Cícero Lima, em depoimento, a acusada de mandar matar a jovem – que teve o corpo carbonizado – teria entrado em contradição por mais de uma vez e afirmado: ‘Mato qualquer um que pegar meu namorado’.
A declaração, para os delegados, evidenciou a frieza com a qual a acusada teria planejado a morte de Franciellen. Sobre o crime, Cícero Lima revelou que Vanessa realizava viagens para São Paulo frequentemente, decidindo retornar para Maceió ao ser informada de que a vítima estaria mantendo relação amorosa com seu namorado, identificado como Genilson dos Santos e que já chegou a ser preso por tráfico de drogas, cumprindo pena no sistema prisional alagoano – ele responde ao processo em liberdade.
As investigações revelam que Vanessa preparou uma "armadilha" para outra pessoa. A menor A.S.C era apontada como a amante de Genilson, mas que, ao questioná-la, descobriu que Franciellen seria a outra namorada dele.
A polícia confirmou que Vanessa custeou todas as despesas da festa que realizara em seu apartamento na Cruz das Almas, convidando Franciellen e duas amigas da vítima. Elas pegaram um táxi no Benedito Bentes, onde residia a jovem assassinada, e o transporte também foi pago por Vanessa – que, segundo a polícia, armou a ‘cilada’ com o apoio de pelo menos 12 pessoas, intimidando as amigas de Franciellen, que também acabaram acuadas na festa.
Os delegados explicaram ainda que Vanessa Ingrid também responde por outro homicídio cometido em 2011. A vítima foi uma mulher que também teria se relacionado com o seu namorado – que, à época, estava recluso no sistema prisional. Ao saber que Amanda, a vítima, fez relações sexuais com Genilson, mais conhecido como Binho, dentro de presídio de Maceió, Vanessa retornou de São Paulo e contratou um pistoleiro.
Ainda segundo a polícia, Vanessa teria passado um dia inteiro na companhia da futura vítima, iniciando uma falsa amizade. "Ela chegou a dormir com a Amanda", disse Cícero Lima, acrescentando que, no dia seguinte, o assassino - não identificado - consumou o homicídio, efetuando nove tiros e recebendo R$ 1 mil como pagamento.
Os delegados da PC também revelaram que foi Vanessa Ingrid quem comprou fósforo e gasolina em um posto de combustíveis no Conjunto José Tenório antes de atear fogo contra Franciellen, que ainda tentou apagar as chamas se jogando contra as árvores no trecho de mata para onde foi levada.
Fonte: Gazetaweb.com
Link da notícia: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=334491&e=12
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